Tenho ouvido a dizer, e lido, que o que falta às crianças de hoje em dia é uma palmada na hora certa.

Não concordo!!!

Não que as palmadas assertivas não existam. Não porque às vezes, muito remotamente, não sejam necessárias. E sim porque o que falta às crianças de hoje em dia é TEMPO e DISPONIBILIDADE dos pais.

Algo que se percebe pela mudança dos tempos. Nestas alturas até os avós, que ficavam em casa com os netos, trabalham em muitas famílias.


Porquê desta opinião? Porque vejo cada vez mais pessoas impacientes para com os seus filhos. Vejo pessoas que pensam que as crianças nasceram programadas e que, mal digam para se portarem bem, elas obedecem à primeira.

Ainda bem que as crianças testam os limites. Ainda bem que as crianças tentam mostrar a personalidade e "saem do risco". São seres pensantes que necessitam de se afirmar. E, olhem lá, quando chegarem à adolescência como é? Vejo pessoas que partem logo para a PALMADA como se as crianças não percebessem nada.

Saberão que resulta dizer às crianças que estão tristes com o comportamento delas? Saberão que resulta dizer às crianças que vão ficar de castigo e mencionar o castigo (ficar sem tv, parque, brinquedo, etc.). Saberão elas que a conversa fá-las pensar e que cada vez que se portam bem, e que são elogiadas por isso, voltam a repetir esse comportamento positivo com orgulho? E abrir caminho para conversarem sobre TUDO tem que começar de algum lado.


O que querem elas quando "PARECEM HIPERACTIVAS"? Que alguém as chame à atenção; que alguém preste atenção e que alguém lhes dê atenção.


NÃO?

Nem tudo é claro e taxativo. Mas valerá sempre a pena averiguar antes da Palmada.

Sugestão? Dê diariamente, pelo menos, os melhores 15 minutos exclusivos ao seu filho.

Dália Matsinhe
Gestão e Psicologia (Fundadora)
www.lexpsique.com
E-mail: [email protected]
https://www.facebook.com/DMLexPsique
 

Jogos e violência

Jogos e violência.

Sobre este artigo:
A violência dos media resulta em crime violento?
R: É claro que as experiências infantis, especialmente as experiências relacionadas com uma parentalidade inadequada, resulta em adolescentes, e consequentemente adultos, problemáticos.
Conforme o estudo de Leonard Eron e seus colaboradores (1960), quando a quantidade de televisão visionada era considerada, as evidências sugerem que quanto mais televisão visionada menos o impacto no comportamento violento.
- As estatísticas criminais não mostram a relação entre os níveis de violência visionados pela comunidade..
- Os delinquentes violentos parecem ter uma preferência por certos tipos de programas incluindo videojogos violentos. Ainda assim, o maior factor contributivo para a sua violência é o abuso sofrido por parte dos pais.
Em suma, os psicólogos forenses e criminais devem acautelar-se antes de  assumirem que a criminalidade violenta está relacionada com os media e sua influência.
Segundo Felson (1996) – os ofensores violentos tendem a ser versáteis, não confinem as suas actividades ao crime violento, cometem todo o tipo de ofensas.
Os conteúdos dos media relacionado com a violência não parecem dar uma mensagem radical diferente de qualquer outro tipo de socialização.

Ainda assim, aconselho a máxima supervisão e orientação por parte dos pais no que diz respeito à escolha e tempos passados com os jogos. Diria mais, nada pode ser melhor do que a partilha temporária entre pais e filhos no que diz respeito aos jogos (jogando esporadicamente com os filhos).

DM.
LexPsique

http://www.mariettatimes.com/page/content.detail/id/548859/VIOLENT-CULTURE.html?nav=5002