Disciplina/área da psicologia que integra uma variada gama de aspectos da psicologia em todas as áreas da investigação criminal ou civil. Preocupa-se, particularmente, com todas as formas de criminalidade que podem ser examinados pela polícia: desde o incêndio e roubo ao homicídio, violação até ao terrorismo.

Esta disciplina abarca também as áreas de actividade que necessitam de investigação mas que nem sempre podem ser convencionadas aos domínio dos serviços policiais (p.ex.: fraude de seguros, corrupção, fogo posto, evasão fiscal e/ou contrabando).

A PI dá-nos respostas às seguintes questões:

1) SALIENCIA: Quais são os aspectos mais salientes do crime?

2) Elicitação do suspeito: Que tipo de pesquisa, relacionada com os registos criminais da policia ou de outras fontes, deve ser feita de forma a identificar o suspeito?

3) Priorização do suspeito: Qual o suspeito, dos possíveis, mais provável de ter cometido o crime?

4) localização de ofensor: onde é que, provavelmente, o ofensor pode ser localizado?

5) Relação entre crimes: Quais os crimes que podem, provavelmente, ter sido cometidos pelo mesmo perpetuador?

6) Previsão: Onde e quando é que o ofensor irá cometer a sua seguinte ofensa e qual o tipo de ofensa?

7) Tomada de decisão investigativa: De que forma é que o processo investigativo pode ser aperfeiçoado?

8) Recolha de informação: Como é que a recolha de informação, numa investigação, pode ser mais eficaz?

9) Avaliação da informação: Como é que a informação disponibilizada pode ser avaliada?

10) Preparar um caso: Como organizar o caso/a ofensa de forma a auxiliar o processo legal?

Fonte: Youngs, D. & Canter, D. "Introducing Investigative Psychology"

Dália Matsinhe
Gestão e Psicologia (Fundadora)
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Chama-se a isso abuso verbal - incluído na violência psicológica!


O abuso verbal inclui, dentre outras: bullying, difamação, interrogação, acusação, culpabilização, mentira, abuso disfarçado de piada, ameaças ou gritar.

Quanto mais idosas e frágeis as pessoas se tornam, menor a capacidade de se imporem em caso de maltrato emocional. E, como começam a ter algumas capacidades diminuídas, como raciocínio e audição, os abusadores pensam em partido delas (i.e. enganar, abusar , entre outros casos.). Os idosos podem, e muitas vezes são, abusados por familiares ou pessoal de saúde. O abuso verbal pode incluir ameaças ou intimidação. Um sénior que é abusado verbalmente e emocionalmente, é uma pessoa que está a ser vítima de um abuso que causará dor e stress emocional. O abusador pode gritar ao sénior de modo a intimidá-lo ou ameaça-lo. O abusador pode ainda humilha-lo, ridicularizar ou culpar o idoso.


As causas para este comportamento podem ser diversas: internas (do abusado) como externas (p.ex. benefícios). O abusador, nos casos mais graves, pode molestar o idoso como forma de explorá-lo financeiramente, ter acesso aos fundos, propriedades, contas bancárias ou até de modo a ter acesso ao conteúdo do imóvel do idoso. Pode ainda querer falsificar a assinatura do idoso, bem como ir mais longe como roubar a identidade do mesmo. O abuso pode ir ao cúmulo do idoso ser informado, pelo abusador, de um prémio por reclamar que necessita do pagamento como forma de se poder ter acesso ao prémio. Criando uma entidade de caridade falsa/fictícia para que o idoso possa doar dinheiro ou cair num investimento fraudulento.

Os sinais de abuso verbal, exceptuando o verbal - referido no título, podem ser confundidos com sinais de demência ou fragilidade. Os sintomas que são similares à demência podem ser o balançar ou o balbuciar. Mas há outros. Se o idoso está constantemente a discutir com o cuidador ou se se sente alguma tensão (subjectivo) entre os dois, pode ser um indicador de abuso. O idoso pode mudar a personalidade ou comportamento após sofrer o abuso verbal.

Já os riscos de um idoso ser verbalmente abusado incluem o deteriorar da sua condição de saúde mais rápido do que no caso de vivência/convivência num ambiente harmonioso. Os outros factores de risco são o burnout, impaciência e incapacidade do idoso de contenção em caso ataque, provocação ou, até, em caso de simples actos “normais”. Já            que tudo pode ser considerado um ataque quando se trata de um indivíduo traumatizado. Ou seja, a certa altura, o idoso pode estar incapaz de lidar com qualquer tipo de estímulo, mesmo que benéfico, e tornar-se depressivo com inclusão, ou não, de abuso de substâncias.

Em caso de testemunho de abuso deve-se entrar em contacto com as autoridades locais, assistentes sociais, linhas de emergência – como a  Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) no caso de Portugal, bombeiros, enfim… o que melhor se adequar a situação.

 

Mas nunca esquecer: Ser idoso não significa falta de vontade ou de capacidade de decisão. O idoso também tem o direito de decidir-se sobre tudo. Cabe ao técnico, auxiliar e até familiar saber ter o discernimento para perceber até que ponto essa vontade é lógica ou exequível e, caso não seja, tentar levar a pessoa a bom caminho sem agressividade/abuso.
Não é fácil. Ninguém diz que o seja. Digo apenas que EXISTEM ESTRATÉGIAS mais eficazes e menos traumáticas para se conseguir algo, sem que para isso se tenha que abusar verbalmente do idoso (ou de outra pessoa mais jovem).

Dália Matsinhe
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Manual para profissionais da media: Prevenção do suicídio.

A propósito dos casos mediáticos de suicídio reportados na media: sempre houveram episódios de suicídio, INFELIZMENTE!
O facto de virem cada vez mais episódios a público, como tenho vindo a alertar constantemente (poder da media), não significa que não tenham havido casos idênticos ou que estes, casos reportados, servirão apenas como alerta. Porque servirão, e servem, para mais do que isso. Têm servido de notícias sugestionáveis para pessoas que já se encontram num estado fragilizado.
Não digo que não tenham que alertar a comunidade/sociedade, apenas que existem outras formas de o fazer, tanto que este manual serve para esse fim.
Estamos a entrar em estados nacionais e internacionais de pobreza, não só financeira mas também, e consequentemente, pobreza em termos de saúde física e mental, infelizmente.

Mesmo havendo cada vez mais recursos humanos formados e preparados para agirem nestas situações de saúde, na realidade poucos são os cidadãos com acesso a estes mesmos profissionais de saúde. Claro que sem alimentação, trabalho, família ou outros alicerces a vida profissional destes profissionais se vê muito difícil e dificultada (ainda mais difícil é a vida destas pessoas....). Mas, ainda assim, é sempre melhor agir, ou tentar, antes de qualquer tentativa contra a vida (própria ou de outros). Mas, com notícias sensacionalistas , invés de tornar estas notícias como casos "conclusivos e finais", é preciso agarrar em casos positivos (pessoas que se encontraram em crise e conseguiram apoio) e torna-los "manchete" para ajudar aqueles que desconhecem o tipo de ajuda possível em casos mais urgentes (crise).
Ou então, já que vão informar, informar da melhor forma.

Podemos pensar que não existem formas de dar más notícias, mas existem formas de evitar piores notícias.

"A mídia desempenha um papel significativo na sociedade atual, ao proporcionar uma ampla gama de informações, através dos mais variados recursos. Influencia fortemente as atitudes, crenças e comportamentos da comunidade e ocupa um lugar central nas práticas políticas, econômicas e sociais."

http://whqlibdoc.who.int/hq/2000/WHO_MNH_MBD_00.2_por.pdf
 
Tenho ouvido a dizer, e lido, que o que falta às crianças de hoje em dia é uma palmada na hora certa.

Não concordo!!!

Não que as palmadas assertivas não existam. Não porque às vezes, muito remotamente, não sejam necessárias. E sim porque o que falta às crianças de hoje em dia é TEMPO e DISPONIBILIDADE dos pais.

Algo que se percebe pela mudança dos tempos. Nestas alturas até os avós, que ficavam em casa com os netos, trabalham em muitas famílias.


Porquê desta opinião? Porque vejo cada vez mais pessoas impacientes para com os seus filhos. Vejo pessoas que pensam que as crianças nasceram programadas e que, mal digam para se portarem bem, elas obedecem à primeira.

Ainda bem que as crianças testam os limites. Ainda bem que as crianças tentam mostrar a personalidade e "saem do risco". São seres pensantes que necessitam de se afirmar. E, olhem lá, quando chegarem à adolescência como é? Vejo pessoas que partem logo para a PALMADA como se as crianças não percebessem nada.

Saberão que resulta dizer às crianças que estão tristes com o comportamento delas? Saberão que resulta dizer às crianças que vão ficar de castigo e mencionar o castigo (ficar sem tv, parque, brinquedo, etc.). Saberão elas que a conversa fá-las pensar e que cada vez que se portam bem, e que são elogiadas por isso, voltam a repetir esse comportamento positivo com orgulho? E abrir caminho para conversarem sobre TUDO tem que começar de algum lado.


O que querem elas quando "PARECEM HIPERACTIVAS"? Que alguém as chame à atenção; que alguém preste atenção e que alguém lhes dê atenção.


NÃO?

Nem tudo é claro e taxativo. Mas valerá sempre a pena averiguar antes da Palmada.

Sugestão? Dê diariamente, pelo menos, os melhores 15 minutos exclusivos ao seu filho.

Dália Matsinhe
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Jogos e violência

Jogos e violência.

Sobre este artigo:
A violência dos media resulta em crime violento?
R: É claro que as experiências infantis, especialmente as experiências relacionadas com uma parentalidade inadequada, resulta em adolescentes, e consequentemente adultos, problemáticos.
Conforme o estudo de Leonard Eron e seus colaboradores (1960), quando a quantidade de televisão visionada era considerada, as evidências sugerem que quanto mais televisão visionada menos o impacto no comportamento violento.
- As estatísticas criminais não mostram a relação entre os níveis de violência visionados pela comunidade..
- Os delinquentes violentos parecem ter uma preferência por certos tipos de programas incluindo videojogos violentos. Ainda assim, o maior factor contributivo para a sua violência é o abuso sofrido por parte dos pais.
Em suma, os psicólogos forenses e criminais devem acautelar-se antes de  assumirem que a criminalidade violenta está relacionada com os media e sua influência.
Segundo Felson (1996) – os ofensores violentos tendem a ser versáteis, não confinem as suas actividades ao crime violento, cometem todo o tipo de ofensas.
Os conteúdos dos media relacionado com a violência não parecem dar uma mensagem radical diferente de qualquer outro tipo de socialização.

Ainda assim, aconselho a máxima supervisão e orientação por parte dos pais no que diz respeito à escolha e tempos passados com os jogos. Diria mais, nada pode ser melhor do que a partilha temporária entre pais e filhos no que diz respeito aos jogos (jogando esporadicamente com os filhos).

DM.
LexPsique

http://www.mariettatimes.com/page/content.detail/id/548859/VIOLENT-CULTURE.html?nav=5002
 
Precisamos dos media para nos mantermos ao corrente das novidades Locais, Nacionais e Mundiais, como para nos actualizarmos em termos culturais (documentários, entre outras fontes) ou por simples curiosidade.

Mas, infelizmente, nem toda a gente vê as notícias da mesma forma: um acontecimento triste, alegre, o que for, que nos afecta mas que não nos limita a forma de agir. Orienta-nos? Claro que sim. Mas existem pessoas a traçar a vida de forma extrema  baseando-se no que ouvem: fobias (sair à rua, p. ex.), medo do crime, compra de armas de forma desenfreada, entre outros sintomas.
Claro que ficar alerta não é mau. Mau é deixar de agir naturalmente ou livremente quando o acontecimento, algumas vezes, está longe ou, como os media dão a entender muitas vezes - porque vende - existe uma probabilidade alta de ocorrer (*).
E, por fim, ainda existem as pessoas que agem para serem "a" notícia (psicopatas, p.ex) e os que agem para que haja outro tipo de atenção virada para eles (pedidos de ajuda -  deprimidos, p. ex.), mesmo porque as outras tentativas todas falharam.

ATENÇÃO: As notícias não são as culpadas, apenas influenciam. Se não forem as notícias dos media as pessoas encontrarão outras razões, racionais e/ou irracionais para agirem e se justificarem.

Em suma, as influências dos media podem ser saudáveis (conselhos positivos, p. ex.) como o contrário (dar ideias a "mentes fragilizadas ou doentes". Como, por exemplo, este caso referido no Jornal Expresso.

http://expresso.sapo.pt/jovem-uruguaia-tentou-imitar-massacre-de-newtown=f774419


Dália Matsinhe
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(*)Crimes contra a propriedade, como roubos, são muito pouco representados nos jornais. Ainda assim, estes são os crimes que mais depressa a sociedade poderá experienciar. Já os crimes violentos, incluindo o homicídio, são desproporcionalmente e excessivamente representados (Chemarck, 1995). Ainda assim, é preciso ter-se em conta que, apesar do crime mediatizado nas noticias ser massivamente selectivo a favor dos crimes mais sérios e sensacionalistas (Marsch, 1991; Schlesinger, Tumber e Murdock, 1991), é geralmente difícil encontrar uma correspondência (investigação científica) entre o jornal e escolhas individuais e suas percepções do nível  do crime. Isto porque as pessoas tendem a ler muito pouco acerca das noticias disponíveis e relacionadas com a criminalidade, tornando imprevisível a informação que se torna realmente disponível para estas.
(LexPsique, curso de Introdução À Psicologia Forense e Criminal)
 
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Sabia que existem “groupies” de assassinos em série? Porque é que existem homens ou mulheres interessada(o)s em ter ou manter relações com prisioneiros acusados de crimes violentos, chegando até a casar com eles? E que tipo de personalidade é esta que sente-se completa com relações deste tipo?

Mike Aamodt, psicólogo forense e professor da Universidade de Radford, diz que “ estar associado com alguém mau/violento dá-lhes uma oportunidade de se considerarem rebeldes”. Mas é muito mais do que isso.

Os “groupies”” de assassinos em série são constituídos por mulheres ou homens interessados em manter relacionamentos, obsessivos até ao ponto de se ligarem emocionalmente, com assassinos em séries que foram apanhados, aguardam julgamento ou estão na prisão. Mas o que não é claro é se se refere apenas a um grupo de pessoas que mostra excitado pelo facto de manter o contacto com os assassinos em série ou se se refere especificamente a pessoas interessadas/apaixonadas por um assassino em série específico.

O facto é que estas pessoas (GROUPIES) acreditam que através destes assassinos podem:

  • Mudar alguém tão cruel e poderoso como um assassino em série (fantasias)
  • Dar carinho a alguém que, obviamente, só precisa disso para mudar, pois veem-nos como crianças pequenas com falta de afecto
  • São os namorados perfeitos: morada conhecida, amor garantido, perfeito porque não tem que passar pelos assuntos diários de qualquer outra relação e esta fantasia pode, ou tem essa capacidade de, durar muito tempo
  • Drama e excitação dos tribunais: as mulheres/homens adoram o facto de vivenciarem este aspecto sem a possibilidade de saberem o que acontecerá durante o julgamento
  • Hibristofilia: parafilia sexual de indivíduos que obtém excitação com alguém que cometeu crimes violentos
  • Exclusividade: Esta sensação de poder sobre o outro, principalmente no caso de terem relações intimas com eles, é parte da emoção dos groupies
  • Reconquistar uma pessoa perdida: acham que estes são apenas vítimas de abuso, negligência ou com falta de uma figura paterna (vítimas eternas) que procuram preencher esse vazio nos actos cruéis que comentem
  • Fantasias vicariosas: acham que a forma mais próxima de obterem a excitação de cometerem um acto tão cruel e violento é através destes assassinos
  • Autoestima baixa: o raciocínio irracional, achar que de outra forma não teriam a oportunidade de manter um relacionamento com alguém para além destes indivíduos, já que eles estão desesperados e sozinhos. Este factor dava outro artigo.
  • Procura de atenção: sim, já que de outra forma seria impossível obter a atenção da média
  • Superioridade/elevação: de “zé-ninguéns” passam a ser alguém significante
  • A oportunidade de mostrar ao seu objecto de amor como os podem defender (nós contra o Mundo)
  • Síndrome da bela e do monstro: a ideia de se aproximarem a alguém tão perigoso que não o(a)s fará mal mas com uma mínima possibilidade.
Em termos de educação, é possível encontrar groupies desde pessoas com falta de educação, ou pouca, até pessoas com uma educação de elite. Podem ser policiais, mães, psicólogo(a)s, tudo é possível.

Então, que personalidade é esta?

Dependente. São pessoas que, como diz a psiquiatra Park Dietz: ”não é de admirar se estas pessoas se encontrem entre as mais necessitadas e dependentes. Mesmo porque  pensam sugar parte do ego destes assassinos que lhes dão a  ilusão de controlo”.

Dália Matsinhe

LexPsique

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Cyberbullying

Sabia que existe uma relação, para além dos objectivos, entre o bullying e o cyberbullying?

A criança que normalmente é vítima de bullying também pode ser vítima de cyberbullying. Ou seja, se é vítima na escola, é muito provável que também o seja online.
Conforme O´Moore, 2/3 das cybervitimas são vítimas tradicionais. Ao mesmo tempo que 2/3 dos cyberbullies também são bullies tradicionais.

O´Moore, M. & Minton, S.J. (2009). Cyber-Bullying: The Iris Experience. Hannbook of Agressive Behaviour Research. New York: Tawse. pp. 269-292.



Bullying, critérios:
1) Intencionalidade: magoar física e/ou psicologicamente a vítima
2) Repetição: do comportamento abusivo num período de tempo
3) Desequilibrar: o poder entre a(s) vítima(s) e o(s) bully(ies).

4) um só acontecimento, desde que crie um ambiente de intimidação permanente, também pode ser considerado bullying.


Bullying, tipos:
1) Agressão física
2) agressão verbal
3) Gestos - normalmente ameaçadores
4) Exclusão
5) Extorsão

Código de Silêncio: causa que torna muitas vezes difícil aos responsáveis (familiares e/ou escolares) terem conhecimentos destes acontecimentos traumáticos. É importante que todos (família, estudantes e responsáveis escolares) tenham uma via de diálogo aberto de modo a que, mal ocorram estes casos, consigam "colmatar" os seus efeitos prontamente (bullying ou cyberbullying).

Cyberbullying, Formas:

Enquanto que no caso do bullying o bullie consegue ver o efeito do seu comportamento, no cyberbullying isso nem sempre acontece porque os meios utilizados permitem "ataques" mesmo quando não estão presentes.
- Telefonemas
- Mensagens
- Salas de conversação (chat rooms)
- E-mail
- webcams
- Redes sociais
- jogos (agindo continuamente e de forma a que a vítima perca)
- Sites de partilha de vídeo/fotografia

Impacto:
1) baixa auto-estima
2) frustração
3) Raiva
4) Tristeza, desespero
5) Incapacidade de concentração na escola
6) mantém-se offline
7) desconfiança frequente
8) Ideação suicida
9) auto-prejuízo (dano, ferimento ou ofensa)

Cyberbullying, Livros/artigos:
1) Livingstone, S et al (2011). Risks and Safety on the Internet: The Perspective of European Children. London: Eu Kids online.

2) Mesch, G.S. (2009). Parental mediation, online activities, and cyberbullying. CyberPsychology and Behaviour. pp. 387-393

3) Parris, L. et al (2011). High School students perceptions of Coping with cyberbullying. Youth and Aociety. pp 1 - 23.


Dália Matsinhe
 
Após conhecimento de mais um caso de pedofilia achei importante passar informações importantes aos pais de crianças e adolescentes de modo a poderem proteger os seus filhos de possíveis predadores (neste caso pedófilos).

Vide vídeo do caso: http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2012/09/01/homem-de-54-anos-acusado-de-160-mil-crimes-de-abuso-de-menores

Mais uma vez, e como normalmente acontece, o sujeito acusado dos crimes de abuso de menores era conhecido da família e amigos. Até tido como uma pessoa de confiança. Uma pessoa cujos pais pensavam poderem ficar descansados porque, pensavam eles, “esta pessoa vai protegê-lo (a/os/as). O que é um raciocínio normal para qualquer progenitor/educador/familiar mas nem sempre assim acontece.

Independentemente do sexo, profissão, ocupação, estado civil, crenças religiosas, o acto/abuso pode ocorrer sem “aviso”, principalmente se não soubermos reconhecer os sinais de alarme.

Então, já que existem estudos e conhecimentos relacionados com a temática, juntámos uma lista de indicadores que os pais, educadores, familiares e interessados devem ter em conta quando se trata de um predador (pedófilo).

1 .Antes de mais seja o que tem sido até hoje: educador, protector e vigilante quanto ao bem estar do seu filho.

2. tenha em atenção que o predador pode vir de qualquer membro da comunidade, mesmo aqueles com um currículo “brilhante”e sem ocorrências. – Pelo menos do seu conhecimento.

3. Crie um ambiente comunicacional com o seu filho, permita que falem dos seus medos, sentimentos e desejos de modo a que, quando algum destes se torne desconfortável, digam sem hesitar.

4. Seja um observador participante. Veja se o comportamento do seu filho teve uma mudança súbita. Mesmo que não consigam falar, o comportamento muda sempre porque algo os incomoda ou incomodou.

5. Preste atenção ao comportamento do predador.

Posto isto, e tendo em atenção que nenhum comportamento por si só é indicador de abuso sexual, nem conclusivos, eis o que deve ter em conta no comportamento de um possível pedófilo (retirado de um estudo da FBI – onde se incluíam vítimas e predadores):

  1. 1.Os predadores esperam por uma oportunidade física e psicológica das vítimas. Tudo depende da oportunidade. Quanto menos oportunidades tiverem, melhor.
  2. 2.Os predadores fazem uso do seu status e amizade com a família porque estes garantem-lhes privilégios e acessos às vítimas. Pergunta que deve colocar a si próprio: “Alguém procura, através do uso da sua posição ou status, ter acesso ou isolar a criança?”
  3. 3.Para os predadores todos os esforços são feitos para ter acesso à criança. Farão tudo para orquestrar eventos de modo a possam, em alguma parte do encontro, ter acesso à criança. Estas tentativas são consideradas “estranhas” pelas crianças ou outros que as testemunharam.
  4. 4.Os presentes criam, normalmente, uma reciprocidade na criança, porque elas sentem que têm algo a dar/oferecer em troca.
  5. 5.Para terem acesso ao corpo da criança (descrevendo exactamente como tem sido relatado), o predador seduz a vitima de modo a torna-la menos resistentes. E como é que isso é feito? Através de visitas frequentes, telefonemas e passando cada vez mais tempo com as crianças (sozinhos ou através de telefonemas ou mesmo emails)
  6. 6.O predador faz testes às vitimas, primeiro através de toques “acidentais” de modo a perceberem a reacção normal da vítima. Quanto menos reagir, mais o predador continua. (Importante: Os pais/educadores devem passar a mensagem de privacidade corporal à criança).
  7. 7.Presentes ilícitos (cigarros, álcool, drogas, pornografia) cria um ambiente de conspiração entre vítima e predador. Ou seja, a criança sente menos vontade de desabafar aos pais/educadores/familiares sobre as atitudes do predador porque teve um comportamento inaceitável e tem medo das consequências.
  8. 8.Os predadores são criativos: seja por email, telefone, telemóvel, entre outros, tentam sempre as vias mais comuns onde normalmente as crianças podem ser encontradas (Pais, atenção ao facebook, email, telemóvel dos seus filhos) Criem um canal onde possam, sem vergonha, dizer que p.ex.: têm um amigo novo. Mesmo que o “amigo” tenha a mesma idade, como acontece em muitos casos de predação através da internet, perguntem sobre esse amigo.
  9. 9.Os predadores reforçam sempre o segredo na relação. A necessidade de segredo e a necessidade de ultrapassar a vergonha são normalmente usados para que a relação se mantenha entre os dois.
  10. 10.Os predadores fazem uso do seu status para que tudo o que a criança diga seja questionável. Usam o desafio narcisista para que os acusadores sintam que ele é inocente e a vítima enganada.
Quanto às vítimas, os sinais a ter em conta são:

  1. 1.Mudanças de humor, principalmente se essas mudanças ocorrem após a visita a uma pessoa mais velha (homem ou mulher).
  2. 2.Após uma excursão, ou visitas demoradas longe da família, a criança está taciturna, embaraçada ou sem vontade de falar.
  3. 3.Uma excursão com um adulto específico já não lhe dá alegria ou felicidade.
  4. 4.A criança começa a arranjar desculpas para não visitar ou ir ter com uma pessoa adulta específica
  5. 5.A criança desenvolve doenças súbitas (dores de cabeça, dores de barriga, nariz a sangrar) quando é informado de que tem que passar tempo ou sair com um individuo em particular
  6. 6.A cara e o corpo da criança criam visualmente um desconforto ou ansiedade só de pensar que passará tempo com uma pessoa em particular.
  7. 7.Se existe a necessidade de passer tempo com um indicivuo em particular, a criança demonstra ter menos energia, taciturno, braços retraídos (mais do que o normal) e tende a virar a barriga no sentido contrário a essa pessoa.
  8. 8.A criança começa a ter acidentes (cortar-se, nódoas negras, queimaduras), o que não é indicativo de ameaças à própria vida mas que devem fazer com que os pais/educadores/familiares tomem uma maior atenção às crianças.
  9. 9.A criança vem de um passeio e corre imediatamente para a casa de banho para tomar banho ou não quer que ninguém lhe toque ou cheire.
  10. 10.A criança fica envergonhada ou sai do espaço em que estava, quando o assunto em causa é abuso infantil, abuso sexual , seja na televisão ou numa conversa.
  11. 11.Aparece sangue na roupa interior ou de cama, e a criança faz um esforço para lavar qualquer uma delas.
  12. 12.A roupa interior tem manchas de semen ou de fezes após um passeio ou evento.
  13. 13.A criança deita for a ou tenta deitar for a, roupa interior.
  14. 14.Dependendo da idade da criança, eles tendem a abraçar mais os pais ou a recusar qualquer tipo de toque.
  15. 15.Todas as vezes em que o telefone toca mostra medo apreensão, ou diz apenas: “diz que eu não estou”.
  16. 16.A criança começa a esconder jornais com “códigos” – entradas codificadas do predador . ou tenta esconder cartas, presents, etc.. O que inclui esconder relações com qualquer adulto.
  17. 17.A criança revela que foi-lhe pedido para manter algo “em segredo” por um adulto ou por qualquer outro responsável.
  18. 18.A criança, sem motivo aparente, tem dinheiro, presentes, brinquedos, até doces – dependendo da idade, que não sabe de onde vieram
  19. 19.A criança desenvolve irritação, desconforto ou infecção nos genitais ou anus.
  20. 20.A criança tem interesse por pornografia, principalmete pornografia infantil.

http://www.lexpsique.com/artigos/159-psicologia-criminal/431-predadores-e-vitimas-sinais-a-ter-em-conta-i.html


Dália Matsinhe,

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"Por vezes os meus pais queixam-se do gosto de Steven para se vestir, pois usa cores muito (sapatos laranja, por exemplo) e muda de penteado todas as semanas. Acho que não precisam de se preocupar, pois penso que ele está a descobrir quem é e a tentar diferentes formas de se sentir melhor com o mundo à sua volta. Sei por experiência própria que esse processo pode demorar"

"Nascido num dia Azul", Daniel Tammet.

Tammet é um indivíduo com o "síndroma de savant", uma forma extremamente rara de síndroma de Asperger (autismo de alto funcionamento), com as inerentes dificuldades de socialização e compreensão das mais básicas atitudes humanas. Ainda assim, compreende tão bem a adolescência e a procura de identidade. É realmente uma pessoa fascinante!

Faço a ponte com a Psicologia Criminal porque muitas pessoas, principalmente pais, desesperam com atitudes que não passam disso mesmo, procura de identidade. Claro que existe um limite, mas existem outros limites que devem ser explorados.

"Eu disse a ele para chegar às 23H e chegou às 23h30! Veja lá se não é motivo de preocupação?".... Não!

Considero mais preocupante o facto de não tentar do que a medição de forças com os pais e procura de identidade e independência na adolescência.

O que acham?