Precisamos dos media para nos mantermos ao corrente das novidades Locais, Nacionais e Mundiais, como para nos actualizarmos em termos culturais (documentários, entre outras fontes) ou por simples curiosidade.

Mas, infelizmente, nem toda a gente vê as notícias da mesma forma: um acontecimento triste, alegre, o que for, que nos afecta mas que não nos limita a forma de agir. Orienta-nos? Claro que sim. Mas existem pessoas a traçar a vida de forma extrema  baseando-se no que ouvem: fobias (sair à rua, p. ex.), medo do crime, compra de armas de forma desenfreada, entre outros sintomas.
Claro que ficar alerta não é mau. Mau é deixar de agir naturalmente ou livremente quando o acontecimento, algumas vezes, está longe ou, como os media dão a entender muitas vezes - porque vende - existe uma probabilidade alta de ocorrer (*).
E, por fim, ainda existem as pessoas que agem para serem "a" notícia (psicopatas, p.ex) e os que agem para que haja outro tipo de atenção virada para eles (pedidos de ajuda -  deprimidos, p. ex.), mesmo porque as outras tentativas todas falharam.

ATENÇÃO: As notícias não são as culpadas, apenas influenciam. Se não forem as notícias dos media as pessoas encontrarão outras razões, racionais e/ou irracionais para agirem e se justificarem.

Em suma, as influências dos media podem ser saudáveis (conselhos positivos, p. ex.) como o contrário (dar ideias a "mentes fragilizadas ou doentes". Como, por exemplo, este caso referido no Jornal Expresso.

http://expresso.sapo.pt/jovem-uruguaia-tentou-imitar-massacre-de-newtown=f774419


Dália Matsinhe
Gestão e Psicologia (Fundadora)
www.lexpsique.com
E-mail: [email protected]
https://www.facebook.com/DMLexPsique

(*)Crimes contra a propriedade, como roubos, são muito pouco representados nos jornais. Ainda assim, estes são os crimes que mais depressa a sociedade poderá experienciar. Já os crimes violentos, incluindo o homicídio, são desproporcionalmente e excessivamente representados (Chemarck, 1995). Ainda assim, é preciso ter-se em conta que, apesar do crime mediatizado nas noticias ser massivamente selectivo a favor dos crimes mais sérios e sensacionalistas (Marsch, 1991; Schlesinger, Tumber e Murdock, 1991), é geralmente difícil encontrar uma correspondência (investigação científica) entre o jornal e escolhas individuais e suas percepções do nível  do crime. Isto porque as pessoas tendem a ler muito pouco acerca das noticias disponíveis e relacionadas com a criminalidade, tornando imprevisível a informação que se torna realmente disponível para estas.
(LexPsique, curso de Introdução À Psicologia Forense e Criminal)